Regra geral, um baterista de jazz desenvolve toda a sua carreira na condição de sideman, e por mais – ou até por isso – que se destaque no seu instrumento. Alguns há, no entanto, que têm algo a dizer para além do que fazem com as peles e os pratos e lançam-se a uma atividade como compositores e líderes de grupo. É o caso de Joel Silva: já com provas dadas na bateria, surgiu entretanto com um disco em nome próprio, Geyser, reunindo alguns dos melhores músicos da cena nacional, entre consagrados e instrumentistas em fase de afirmação.
A música concebida por Joel Silva é feita de contrastes, com momentos vibrantes e outros de acalmia, tal como o fenómeno hidrogeológico que lhe dá nome. O que quer dizer que é sempre surpreendente, não sendo possível prever o que se sucede. Precisamente o que se pretende numa música como o jazz.
Licenciado em jazz pela ESMAE, do Porto, Joel Silva tem um longo currículo de colaborações com Carlos Barretto, Maria João, Nuno Ferreira, Nelson Cascais, Júlio Resende, Mário Delgado, Bruno Santos e Desidério Lázaro, sendo um dos mais requisitados bateristas da atualidade.
João Moreira divide a sua atividade entre os palcos e o ensino. Carlos Bica, Mário Laginha e os seus irmãos Pedro e Bernardo Moreira são alguns dos músicos portugueses com quem tocou, tendo também tido parcerias com Ben Monder, Chris Cheek, Mark Turner e Julian Arguelles, entre outros.
João Paulo Esteves da Silva completou os seus estudos em França, com prémios de excelência, e tem desenvolvido uma aplaudida carreira ora a solo, ora com nomes como Dennis Gonzalez, Ricardo Rocha, Carlos Bica, Claudio Puntin e Peter Epstein, sendo um dos pilares do grupo Matéria-Prima.
António Quintino é produto da formação jazzística ministrada pela Escola Superior de Música de Lisboa e tem-se feito notar ao lado de Afonso Pais, Paula Sousa, Daniel Bernardes e José Peixoto, entre outros.