O trio LSB não é apenas mais uma formação da cena sueca do jazz criativo. É uma das de mais longa duração (arrancou em finais da década de 1990), muito embora de então para cá tenha tido períodos de desaparecimento devido à intensa atividade dos seus membros em outros projetos. Além disso, é também uma das que mais se têm destacado, devido ao relevo dos nomes que associa: as presenças de Fredrik Ljungkvist, Johan Berthling e Raymond Strid tornaram-no num supergrupo especialmente procurado e num dos primeiros exemplos em que pensamos quando se refere o "estilo" escandinavo.
Em 2015 terão novo disco, o seu terceiro, dele se esperando mais desenvolvimentos de uma fórmula que muito vem agradando. Intensidade, desmesura, virtuosismo técnico e expressivo e uma enorme dose de irreverência são as características do free jazz melódico e swingante que praticam, seja em modo totalmente improvisado, com composições dos próprios ou indo buscar temas a figuras icónicas como Steve Lacy e Ornette Coleman. Se as referências base dos LSB vêm dos anos 60 do século passado, não se espere deles uma atitude nostálgica: trata-se de música dos nossos dias, permeável a outras influências, acentuadamente europeia e sempre visando a inovação de processos e discursos. Eis uma oportunidade única de os ouvir ao vivo em Portugal.