No âmbito do ciclo Histórias de Jazz em Portugal, coproduzido pelo Hot Clube de Portugal (Lisboa) e pelo Centro Cultural Vila Flor (Guimarães) – que decorreu ao longo de 16 sessões, entre janeiro de 2014 e maio de 2015 –, os seus autores, António Curvelo e Manuel Jorge Veloso, ex-críticos e divulgadores de jazz, lançaram um desafio muito especial a um dos grupos históricos do jazz português: o Sexteto de Jazz de Lisboa.
Pretendendo o referido ciclo testemunhar "o momento único do jazz que se faz hoje em Portugal", seria difícil que não se refletisse nele, como refletiu, um árduo passado de décadas que criou as condições para que o nosso presente jazzístico se tenha tornado tão singular. E, nesse passado, o Sexteto de Jazz de Lisboa, fundado na década de 1980, afirmou-se justamente como um dos primeiros notáveis grupos de jazz profissionais "a tempo inteiro".
O repto lançado aos músicos que participaram no único disco do Sexteto para se reencontrarem em palco ao fim de quase 30 anos, foi entusiasticamente aceite por todos eles – Tomás Pimentel, Jorge Reis, Edgar Caramelo, Mário Laginha, Pedro Barreiros e Mário Barreiros – com a promessa imediata de não só revisitarem criativamente o repertório de Ao Encontro (gravado em 1988), mas, também, de estrearem novas composições e arranjos.
Embora ensombrada a concretização deste projeto pelo súbito desaparecimento de Jorge Reis (uma perda irreparável para o nosso jazz), os restantes músicos decidiram mantê-lo de pé, agora também como uma sentida homenagem ao seu companheiro e amigo, convidando para o seu lugar uma das maiores certezas do jazz nacional, revelada nos últimos anos: Ricardo Toscano.
No próximo dia 10 de maio, o Auditório principal da Culturgest será palco do primeiro concerto desse reencontro, que se repetirá no dia 23, no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor (Guimarães).