Começámos com o conceito de conflito, andámos à volta de histórias com espartanos e gregos (a partir do livro Uma pequena história do mundo, de E.H. Gombrich). Brincámos à volta de algumas reivindicações que as crianças têm para com os seus pais e para com o mundo em geral. Depois evoluímos para uma nova ideia – o erro. E se não quiséssemos sempre "apagar" os erros, mas sim, sublinhá-los e, a partir disso, construirmos juntos um espetáculo? (…) Este projeto nunca teve uma vertente única de formação artística para crianças. A minha intenção sempre foi, desde o início, realizar mais um espetáculo no meu percurso artístico, mas, desta vez, em cocriação com um grupo de crianças. (…) Este espetáculo é para mim muito ambicioso, um investimento pessoal e artístico desde há 4 anos. Tive o privilégio de fazer um trabalho contínuo com a maioria das crianças que estão ainda no grupo. Inicialmente trabalhei com uma turma do 1.º ciclo da Escola Voz do Operário (cerca de 2 anos), depois entraram mais algumas crianças durante o último ano. Neste momento o grupo está consolidado. São 7 crianças entre os 12 e 14 anos, cheias de talento e muito empenhadas.
Sílvia Real
A convite da Culturgest, este espetáculo contém uma componente laboratorial. Os laboratórios configuram-se como oficinas práticas, de três horas diárias, destinadas a crianças entre os 6 e os 12 anos e orientadas pela equipa artística que concebe o espetáculo. Procuram aproximar o público e testar a compreensão e empatia dos destinatários com as temáticas presentes no espetáculo. As oficinas realizam-se entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro.