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2016


DANÇA
LASTRO
de Né Barros
destaque
© Balleteatro (pormenor)VER IMAGEM
SEX 19, SÁB 20 DE FEVEREIRO
Grande Auditório
21h30 · Duração: 1h
12€ · Jovens até aos 30 anos
e desempregados: 5€
M12
Na sexta-feira 19, após o espetáculo, haverá uma conversa com os artistas na Sala 1.

Folha de sala (pdf)

www.balleteatro.pt
Informações
Bilheteira Culturgest
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
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Direção e coreografia Né Barros Música Gustavo Costa Cenografia Cristina Mateus Interpretação André Mendes, Bruno Senune, Camila Neves, Elisabete Magalhães, Flávio Rodrigues, Joana Castro, Pedro Rosa, Sónia Cunha, Afonso Cunha e Katycilanne Reis (estagiários) Interpretação musical Angélica Vasquez (Harpa) e Cristina Mateus (Bombo) Desenho de luz José Álvaro Correia Maquinista Filipe Silva Produção Tiago Oliveira Coprodução Balleteatro, Culturgest, Teatro Municipal do Porto – Rivoli

Sob um céu estranho os corpos vão ocupando um lugar e gerando a sua rotina e as suas ligações. Os movimentos dos corpos, juntamente com o dispositivo cénico, criam o lugar teatral, um lugar subjetivo, em mudança, um lugar que é feito de memória. É essa memória que persiste depois da catástrofe; as coisas mudaram e ficou apenas uma memória alastrada. Neste lugar, os corpos realizam dois ciclos em quase repetição, repetem para resistir ao final que se imagina e para que algo perdure. O apagamento final é o alastrar de uma catástrofe. É sob este estado que este lugar teatral é zona de perigo e espaço de abandono. Simultaneamente previsível e imprevisível, o lastro é também o peso que afunda os corpos e, neste caso, que os assombra. O céu pode cair e seria a última coisa que poderíamos prever. Como num sem-saída, não se progride, a coreografia é uma marcha num continuum infinito, não levará a lado algum.

Né Barros

 

 

 

Né Barros, coreógrafa e bailarina, investigadora no Instituto de Filosofia no Grupo de Estética, Política e Artes (UP), é Doutora em Dança pela Universidade Técnica de Lisboa (FMH) e Mestre em Dance Studies pelo Laban Centre, Londres. Iniciou os estudos de dança em Portugal e estudou dança contemporânea e composição coreográfica no Smith College (EUA). Tem apresentado o seu trabalho desde a década de 1990 com o Balleteatro, de que é cofundadora e membro da direção, com a Companhia Nacional de Bailado, o Ballet Gulbenkian e a Aura Dance Company (Lituânia). Tem o curso de teatro da ESAP e fez cinema e teatro. Tem colaborado com artistas plásticos, fotógrafos, músicos, encenadores e artistas multimédia.

Under a strange sky, bodies generate their routine and connections, creating the theatrical place, a subjective and changing place, made of memory – the memory that persists after the catastrophe. Here, the bodies almost repeat two cycles, resisting the end that is imagined, and ensuring that something endures. Simultaneously predictable and unpredictable, the ballast is also the weight that sinks the bodies and, in this case, haunts them. The sky may fall, the last thing we might predict. There is no way out, no progression; the choreography moves along an infinite continuum, leading nowhere.