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2016


JAZZ
Circadia
Ciclo "Isto é Jazz?" · Comissário: Pedro Costa
destaque
© Micke Keysendal (pormenor)VER IMAGEM
SEX 6 DE MAIO
Pequeno Auditório
21h30 · Duração: 1h
5€ (preço único)
M6
Informações
Bilheteira Culturgest
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
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Guitarra David Stackenäs Guitarra Kim Myhr
Contrabaixo
Joe Williamson Bateria Tony Buck

Conseguem imaginar os sons de uma colmeia construída pelas abelhas dentro de um recipiente de lata? Pois é um pouco isso que parece a música do quarteto Circadia. Ouvimos o tipo de estrutura de aparente não desenvolvimento da chamada drone music (pensem no minimalismo norte-americano da década de 1960, e pensem também na maior parte da atual música por computador), e no entanto há uma profusão de eventos sonoros que partem em todas as direções, como nas composições de Morton Feldman. O que quer dizer que, se os quatro membros do grupo, David Stackenäs, Kim Myhr, Joe Williamson e Tony Buck, têm atividade no jazz criativo e na música livremente improvisada, o que fazem em conjunto não se assemelha com absolutamente nada que possamos encontrar nessas áreas. Nem em quaisquer outras, de resto…

As duas guitarras de caixa, o contrabaixo e a bateria praticam uma música de características únicas que só podemos situar no domínio do experimentalismo, apesar dos seus claros vínculos com a escrita erudita contemporânea (sim, além de Feldman há por aqui algum Ligeti e algum Scelsi), mas o que nos entra pelas orelhas tem insuspeitas conexões com a folk do hemisfério Norte. Aqui e ali, são até os blues rurais que detetamos. Ou seja, numa altura em que achávamos que nada de novo se podia fazer com uma formação acústica, para mais com o envolvimento do mais popular dos instrumentos, a guitarra, eis que a surpresa se instala. Há mais caminhos a desbravar, e os Circadia estão a fazê-lo com uma candura e uma inventividade que já não imaginávamos possível.

Imagine a beehive in a tin can. That's a little what the music of the quartet Circadia sounds like. At first, we hear drone music, but yet there's also a whole host of sound events leading off in all directions. Which means that the group's four members David Stackenäs, Kim Myhr, Joe Williamson and Tony Buck (with a background in freely improvised creative jazz) together play music that resembles nothing from those areas. Or, come to that, from any other area. There are elements of experimentalism, folk and urban blues, but Circadia also show us yet other paths with candour and inventiveness.