Mixed Feelings quer questionar o corpo do inimigo como se não houvesse guerra, pensar o distante como se não houvesse perto, pensar o diferente como se não houvesse igual, questionar um corpo em que a tristeza não tem fim (mas) a felicidade sim. Um misto de sentimentos desencontrados, mundos à parte, conflitos de interesse e rebeldes com causa. Utopias ou El Dorados? Índios e cowboys (os bons e os maus) dão corpo a uma dança de sentimentos desencontrados e impressões pouco claras, à beira do precipício e em parte incerta, entre a espada e a parede, em rendição e contra-ataque. Mixed Feelings propõe-se olhar um mundo, este mundo criado por nós. Pretende pensar a diversidade e a pluralidade, explorando alternativas possíveis e impossíveis contra os muros, que se erguem (ontem e hoje) e que persistem em nos empurrar, afastar e dissolver, uns contra os outros. O princípio da esperança é inversamente simétrico ao princípio da incerteza? O mundo é redondo, e move-se? Da esquerda para a direita? De norte para sul, ou de sul para norte?
Partimos do princípio que para mudar alguma coisa é preciso agir. Agiremos a partir do movimento, começando por mudar os corpos de um lado para o outro, arrastando connosco as imagens que não nos pertencendo, nos perseguem. Não temos certezas, mas temos convicções. Não temos razões, mas temos vontades. Não temos verdades, mas não nos afundamos na mentira.
A oeste nada de novo, viajamos para leste do paraíso.