DE 2 DE JULHO
A 2 DE OUTUBRO
Galeria 2
2€ · Entrada gratuita aos domingos
Conversa com a artista
Sábado, 2 de julho, 17h
Visitas guiadas
por Miguel Wandschneider
Sábados, 10 e 24 de setembro, 17h
© Dorota Jurczak
Curadoria Miguel Wandschneider
Até ter exposto na Galeria Piktogram, em Varsóvia, no outono de 2015, Dorota Jurczak (Varsóvia, 1978) permaneceu uma artista desconhecida no seu país de origem. Ela tem vivido, trabalhado e exposto fora da Polónia desde 1999, quando se mudou para Hamburgo com o objetivo de estudar na Hochschule für bildende Künste, onde fez uso intensivo do ateliê de gravura. Desde muito cedo, Dorota Jurczak tem vindo a utilizar e a expandir um reportório muito particular de motivos, tais como pássaros, penas de pássaros, velas e o fumo que delas se desprende, cigarros, excrementos, seres com múltiplas cabeças (evocando por vezes o arquétipo de Medusa), o perfil de uma cabeça com duas faces, ou fósforos. Com esses e outros elementos a artista compõe uma galeria de retratos insólitos ou enigmáticos, por exemplo, de criaturas animais que parecem o resultado de mutações genéticas e de figuras compósitas entre o humano e o animal, ou entre o humano e o inanimado. Algumas obras representam situações funestas e macabras, uma espécie de teatro da crueldade, regido pelas leis da violência e da dominação sobre outras espécies. Ao longo dos anos, observa-se no seu trabalho quer um crescente apaziguamento da sua iconografia e do seu imaginário sempre intrigantes, quer uma crescente depuração em termos formais e expressivos.
Until her solo exhibition at the Piktogram Gallery, in Warsaw, in autumn 2015, the work of Dorota Jurczak (Warsaw, 1978) was still practically unknown in her country of origin. The artist has lived, worked and exhibited outside Poland since 1999, when she moved to Hamburg in order to study at the Hochschule für bildende Künste, where she made extensive use of the engraving studio. Over the years, Dorota Jurczak has gradually come to use, and expand upon, a repertoire of motifs, such as birds, feathers, candles and the smoke rising from them, cigarettes, excrement, beings with multiple heads (sometimes evoking the archetype of Medusa), the profile of a head with two faces, or matches. By using these elements, the artist composes a gallery of unusual or enigmatic portraits: for example, those of animal creatures that seem to be the result of genetic mutations and composite figures that lie somewhere between human and animal, or between human and inanimate. Some of these works depict mournful and macabre situations, a kind of theatre of cruelty, ruled by the laws of violence and dominance over other species. Over the years, however, one can note in her work both a greater pacification of her always intriguing iconography and imaginary and a greater refinement in formal and expressive terms.