Máquina vertical de exumação acústica. Uma caixa negra que opera um ensaio sobre gravidade, gesto e opacidade, onde os vestígios de presenças, linguagem e ações sustentam uma paisagem intangível. O ímpeto pré-linguístico da voz e a cristalização da ação alimentam um sistema feito da ruína de nexos, a vertigem surge como única mediadora deste mecanismo de ressonância em permanente movimento. Motores iridescentes, queda livre, cintilância e vapor numa câmara de eco.
Jonathan Uliel Saldanha é construtor sonoro e cénico, que aborda com o seu trabalho elementos de pré-linguagem, cristalização, animismo e eco. Cocriador das peças cénicas Nyarlathotep, Máquina da Selva, Rei Trilogia e Del, apresentadas no Teatro Municipal do Porto, no Accès(s) Festival e no Museu de Serralves. Compôs, desde 2010, uma série de peças para voz, eletrónica e espaço ressonante. É parte da dupla de produtores Fujako, dirige o projeto HHY & The Macumbas e foi o fundador do coletivo SOOPA. Deu concertos nos festivais Sónar, Primavera Sound, Amplifest, Out.Fest, Milhões de Festa, Neopop, Elevate e em espaços como Ancienne Belgique (Bruxelas), Berghain Kantine (Berlim), Stubnitz (Hamburgo), Filmer la Musique (Paris), e Issue Project Room (Nova Iorque). A sua música está editada na Ångström, Tzadik, Rotorelief, SiloRumor e Wordsound.
Vertical acoustic exhumation machine. A black box that performs a rehearsal on gravity, gesture and opacity, where the vestiges of presence, language and actions sustain an intangible landscape. The pre-linguistic impetus of the voice and the crystallisation of action feed a system made from the ruin of linkages; vertigo emerges as the sole mediator in this constantly moving resonance mechanism. Iridescent motors, freefall, sparkling and steam in an echo chamber.
Jonathan Uliel Saldanha is a sound and stage designer whose work examines elements of pre-language, crystallisation, animism and echo.