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2017


EXPOSIÇÃO
Alice Creischer
 
DE 4 FEVEREIRO
A 30 ABRIL
Inauguração:
sexta-feira, 3 de fevereiro, 22h
Galeria 1
2€ · Entrada gratuita aos domingos
 
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
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É dia 24 de março do ano 2000, e isso compele-nos a olhar para o futuro, 2015-2016 (pormenor)
Curadoria Miguel Wandschneider
A par do seu trabalho artístico, que tem vindo a realizar também em colaboração regular com o artista Andreas Siekmann, Alice Creischer (Gerolstein, Alemanha, 1960) tem desenvolvido ao longo dos anos uma incisiva intervenção crítica que se corporiza quer em textos acerca da arte e da instituição da arte na era do capitalismo avançado, quer na curadoria de exposições coletivas em torno do capitalismo e do colonialismo que envolvem um aturado processo de investigação (por exemplo, Violence is at the Margin of All Things, em 2002, ExArgentina, em 2004, e The Potosi Principle, em 2010). Creischer aborda no seu trabalho realidades complexas através de um método laborioso que se estriba na investigação acerca da atualidade política e económica e das suas raízes históricas, num pensamento associativo e em procedimentos de colagem e montagem. Exposições individuais como The Greatest Happiness Principle Party (Secession, Viena, 2001), Apparatus for the Osmotic Pressure of Wealth During the Contemplation of Poverty (MACBA, Barcelona, 2008), The Establishment of Matters of Fact e In the Stomach of the Predators (ambas na galeria KOW, em Berlim, respetivamente em 2012 e 2014), entre outras, contribuíram para afirmar Creischer, de forma lenta mas inelutável, como uma artista de enorme relevância. O núcleo duro desta exposição é um conjunto de novos trabalhos, produzidos desde 2014, que problematizam a chamada "crise da dívida soberana" em vários países europeus, nomeadamente em Portugal, e as políticas de austeridade que lhes estão associadas. A instalação The Greatest Happiness Principle Party, de 2001, que tem como campo de referência a crise financeira na Europa durante a década de 1930, oferece um contraponto a esta nova constelação de obras.
Alongside her artistic work, which frequently involves a regular collaboration with Andreas Siekmann, Alice Creischer (Gerolstein, Germany, 1960) has also developed a body of incisive criticism, not only in the form of texts about art and the institution of art in the age of advanced capitalism, but also through her curatorship of group exhibitions centred on capitalism and colonialism and involving a laborious research process. In her work, Creischer has adopted a specific method for approaching complex realities, based on painstaking investigation into current political and economic issues and its historic roots, associative thought processes and the use of collage and montage. The core of this exhibition is an extensive group of new works that problematize the so-called "sovereign debt crisis" in various European countries, namely Portugal, and the austerity policies linked to this.