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2018


TEATRO
Se eu vivesse tu morrias
de Miguel Castro Caldas & Lígia Soares, Filipe Pinto, Miguel Loureiro, Tiago Barbosa, Gonçalo Alegria e Salomé Marques
destaque
© Vitorino Coragem (pormenor)VER IMAGEM
TER 6, QUA 7, QUI 8 FEVEREIRO
Palco do Grande Auditorio
21h30 · Duração: 1h30
13€ · Jovens até 30 anos e desempregados: 5€
M16
Informações
Bilheteira Culturgest
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Ticketline
Reservas e informações:
1820 (24 horas)
Pontos de venda: Agências Abreu, Galeria Comercial Campo Pequeno, Casino Lisboa, C.C. Dolce Vita, El Corte Inglés, Fnac, Megarede, Worten e www.ticketline.sapo.pt
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Conceção Miguel Castro Caldas, Lígia Soares e Filipe Pinto Direção e texto Miguel Castro Caldas Criação, interpretação e figurinos Lígia Soares, Miguel Loureiro e Tiago Barbosa Criação, cenografia, imagem, figurinos Filipe Pinto Criação, som, vídeo, luz Gonçalo Alegria Direção técnica Cristóvão Cunha Criação e assistência aos ensaios Catarina Salomé Marques Pré-produção Marta Raquel Fonseca Produção executiva Vânia Faria Gestão e difusão [PI] Produções Independente Coprodução Culturgest e Fundação GDA Apoio à produção Polo Cultural das Gaivotas, AND_Lab, Research on Art-Thinking & Togetherness, Máquina Agradável - Associação Cultural, Enseada Amena – Associação Cultural, Espaço do Tempo Agradecimentos Ana Matoso, António Gouveia, Bruno Humberto, Fernanda Eugénio, Marta Rema, Miguel Cardoso, Susana Gonçalves Estreia 9 de dezembro de 2016, Culturgest

Regressa à Culturgest um dos espetáculos mais convincentes dos últimos anos. Os atores e o texto conseguem ser tanto de papel como de carne, árvore e animal, e o livro que os espectadores recebem no início é um jogo novo para jogarmos. Se eu vivesse tu morrias recebeu o prémio da SPA para Melhor Texto Representado em 2016.

 

O título deste espetáculo é tirado do famoso epitáfio de Robespierre: “Passante, não chores a minha morte, se eu vivesse tu morrias.” O passante e Robespierre não podem estar vivos ao mesmo tempo e no entanto é isso que os dramaturgos e os atores fazem grosso modo no teatro: o dramaturgo morre, e o ator ressuscita-o sem ele próprio morrer.

Tomemos alguém que lê um texto em voz alta, em público, de papel na mão: estamos a deparar-nos com a simultaneidade da sua presença e da sua não-presença (tanto do texto como do leitor). Com este espetáculo queremos evidenciar a não-presença, a fantasmagoria, o outro acontecimento que não é aquele que os atores costumam afirmar como o aqui e o agora. Pôr ainda mais o morto em cena. Não vamos convocar os mortos para a vida, vamos convocar-nos a nós para lá. E para isso pedimos ajuda ao texto que nos leve nesta viagem de morte. Página três; vamos começar.

Miguel Castro Caldas

Robespierre’s epitaph says: “Passerby, do not grieve my death because were I to live you would be dead.” Robespierre and the passerby can’t both be alive at the same time, but in the theatre that’s what happens: the playwright dies and the living actor brings him back to life. Let’s take someone reading a text aloud, in public, script in hand: we find ourselves confronted simultaneously with their presence and non-presence. What we seek to highlight with this show is the non-presence, the phantasmagoria, the other event, which is not the one that actors usually establish as the here and now. We will put the dead on the stage, but even more so. We are not calling the dead back to life, we’re calling ourselves over to the other side. And to do this, we seek help from the text, to take us on this journey of death. Page three; let’s begin.