Arquivo

2018


JAZZ
Carlos Bica / Daniel Erdmann / DJ Illvibe
Ciclo “Jazz +351” · Comissário: Pedro Costa
destaque
SEX 2 MARÇO
Grande Auditorio
21h30 · Duração: 1h
14€ · Jovens até 30 anos e desempregados: 5€
M6
Informações
Bilheteira Culturgest
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Ticketline
Reservas e informações:
1820 (24 horas)
Pontos de venda: Agências Abreu, Galeria Comercial Campo Pequeno, Casino Lisboa, C.C. Dolce Vita, El Corte Inglés, Fnac, Megarede, Worten e www.ticketline.sapo.pt
Tripadvisor
Mais opiniões sobre Culturgest.
GOETHE INSTITUT
Contrabaixo Carlos Bica Saxofone tenor e soprano Daniel Erdmann Gira discos DJ Illvibe Apoio Goethe Institut

Se Carlos Bica mantém há mais de 20 anos o seu trio Azul, com Frank Mobus e Jim Black, tendo também mantido colaborações com o pianista João Paulo Esteves da Silva e com o grupo Matéria-Prima, outras formações e outras possibilidades musicais estão a ter a sua atenção, como o Move String Quartet, o Berlinesk Quartet e as recentes associações a André Santos, em duo, ou a este e a João Mortágua, em trio. Agora encontramo-lo com o saxofone tenor de Daniel Erdmann e os gira-discos de DJ Illvibe, o mesmo que ouvimos como convidado especial no álbum Believer, dos Azul.

O saxofonista alemão vem ganhando nome na cena europeia do jazz e críticos como o também fotógrafo Gérard Rouy não hesitam em apontá-lo como um dos mais inventivos músicos da atualidade. Em ensembles como Das Kapital, Lenina, Daniel Erdmann's Velvet Revolution e no duo com Samuel Rohrer que gravou Ten Songs About Real Utopia, Erdmann definiu um estilo saxofonístico que, sem fazer tábua-rasa de todas as tradições que definem o jazz, acrescenta-lhes novas perspetivas. Pelo seu lado, Illvibe, de seu verdadeiro nome Vincent von Schlippenbach, filho de Alexander von Schlippenbach e Aki Takase, trouxe as sonoridades do hip-hop e da música eletrónica para os domínios da improvisação, mediante colaborações com os seus pais em trio e quarteto, Lok 03 e Lok 03+1, quando a eles se associa o baterista Paul Lovens, e com músicos como Lawrence Casserley, Jeffrey Morgan e Harri Sjostrom.

O resultado desta combinação de ideias e experiências continua a ter o carácter lírico (ou "romântico", termo que o próprio contrabaixista e compositor prefere utilizar) que logo identificamos com Carlos Bica, mas são outros os caminhos que se proporcionam, confirmando que o português tem mais para dizer do que aquilo – já por si muito, e variado – que lhe conhecemos, numa capacidade de reinvenção de si mesmo que tem merecido unânime aplauso.

After more than 20 years, Carlos Bica still works with his trio Azul and many other musicians, yet currently he is exploring other musical possibilities, as, for example, in his work with German saxophonist Daniel Erdmann and the DJ Illvibe. Erdmann has developed a style that brings new perspectives to jazz without dropping its traditions altogether, while Illvibe brings hip-hop and electronic music to the domain of improvisation. This combination continues to display the lyrical (or “romantic”) feel that we associate with Carlos Bica, while also demonstrating his ability to reinvent himself.