Arquivo

2018


JAZZ
Jonah Parzen-Johnson
I Try To Remember Where I Come From
Ciclo “Isto é Jazz?” · Comissário: Pedro Costa
destaque
© Wilhelm Matthies (pormenor)VER IMAGEM
SEX 13 ABRIL
Pequeno Auditorio
21h30 · Duração: 1h
6€ (preço único)
M6
Informações
Bilheteira Culturgest
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Ticketline
Reservas e informações:
1820 (24 horas)
Pontos de venda: Agências Abreu, Galeria Comercial Campo Pequeno, Casino Lisboa, C.C. Dolce Vita, El Corte Inglés, Fnac, Megarede, Worten e www.ticketline.sapo.pt
Tripadvisor
Mais opiniões sobre Culturgest.
Saxofone barítono e sintetizador analógico Jonah Parzen-Johnson

Na promoção do seu trabalho a solo, Jonah Parzen-Johnson coloca um "sounds like" que só parcialmente nos elucida, porque é importante que descubramos por nós mesmos as várias nuances da música que propõe: «A natureza emocionalmente evocativa da folk misturada com o poder das texturas de carácter experimental e ambiental, tudo executado ao vivo, sem loops nem sobregravações.» Por meio de um saxofone barítono e de um sintetizador analógico, o que ouvimos poderia parecer um coro dos Apalaches se uma parte deste não soasse eletrónico, com um sax a serpentear pelas nuvens de som que é tocado com técnicas de respiração circular e com multifónicos. As melodias são, sem dúvida, folclóricas, de tão simples e simpáticas para o ouvido, mas deteta-se no trabalho saxofonístico a forte herança de Chicago, designadamente a do free jazz da Association for the Advancement of Creative Musicians, o que significa que acaba por vencer algum abstracionismo – sempre conduzido por uma abordagem meditativa e até onírica. O campo a que chamamos jazz inclui tudo o que se possa imaginar, mas dificilmente algo assim de tão diferente.

Não, nenhum parentesco há entre Parzen-Johnson e o inglês que utiliza os mesmos instrumentos, John Surman. A diferença está na beleza crua da música deste cidadão de Brooklyn. Se Surman explorou as possibilidades do saxofone barítono, acompanhando-se também de sintetizadores analógicos, com rara beleza, Parzen-Johnson junta-lhe uma crueza ausente na música do inglês.

In promoting his solo work, Jonah Parzen-Johnson leaves us to discover for ourselves the nuances in his music. What we hear might "sound like" an Appalachian choir if a part didn't sound electronic, with his baritone sax, played with a multiphonic circular breathing technique, meandering through the clouds of sound generated by the analogue synthesizer. The melodies are undoubtedly from folk music, pleasant on the ear, but denoting a heavy Chicago influence, namely the free jazz of the Association for the Advancement of Creative Musicians, guided by a meditative and even dream-like approach.