Conferência realizada no âmbito do espectáculo
The White Body de Ea Sola
Bailarinos e coreógrafos têm, desde o início do século XX,
encontrado na dança uma forma de afirmação, de crítica ou de contestação
da realidade política que lhes é contemporânea. Pela forma como os corpos
se movimentam, pelos modos como interagem uns com os outros, ou pelos
figurinos e cenários que se exibem ou palavras que se proferem, o espaço
teatral transforma-se num campo de expressão de carácter político. O que
é que, concretamente, afirmam, criticam ou contestam estes corpos? Procuraremos
respostas através da análise de várias obras, desde as de José Limón ou
as do New Dance Group, até às de Ea Sola ou de Mathilde Monnier, passando
pelas de Yvonne Rainer ou de Bill T. Jones, para além de outros exemplos.
Maria José Fazenda