O Homem atribui símbolos e mapeia o que o rodeia. Na era da computação e da engenharia genética mapeamos mais informação que nunca: não só na ciência, como a biologia ou a geografia, mas também nas nossas relações sociais ou no comportamento dos mercados financeiros.
A máquina digital é também constituída de circuitos eletrónicos e silicone, caminhos onde os eletrões fluem para criar novos mapeamentos de 0’s e 1’s, posicionados na memória artificial.
Os audiovisuais sintéticos podem também resultar do mapeamento de valores e funções matemáticas a algoritmos de síntese sonora e visual. Contact é uma instalação/performance que convida o público a experimentar com construção de conexões que resultam na reconfiguração e mutação de audiovisuais interativos.
Ivan Franco é uma personalidade reconhecida na área das tecnologias interativas, arte digital e inovação. Ganhou diversas bolsas, ensina em universidades e é um orador regular em diversos eventos sobre tecnologia e arte (Tedx, EComm, OFFF, SXSW, NIME).
Um criador multidisciplinar na área da arte digital, os seus trabalhos incluem música eletrónica, instalação interativa e performance contemporânea, tendo estes sido apresentados em diversos circuitos artísticos como o STEIM, Zepellin Festival, Pixelache, Art Futura e KnittingFactory.
Ivan Franco recebeu recentemente o prémio Personalidade 2010, atribuído pela Associação Portuguesa da Promoção dos Multimédia.
http://ivanfranco.wordpress.com
Sobre o ciclo “Vinte e sete sentidos”
O século XX começou com o visionarismo de um punhado de artistas que ambicionava ter uma intervenção sinestésica, envolvendo os olhos, os ouvidos, o olfato, o paladar, o tato. No seu poema An Anna Blume, Kurt Schwitters referiu-se mesmo em 1919 aos “vinte e sete sentidos da sensorialidade”. Finalmente derrubadas as fronteiras entre as artes, neste início do século XXI vai-se pretendendo lidar com a totalidade da perceção humana. A série “Vinte e sete sentidos” apresenta alguns dos caminhos que estão a ser percorridos rumo a esse velho ideal…