Nesta nova peça, Lia Rodrigues prossegue o seu trabalho sobre a noção de coletivo e as complexas relações entre o grupo e o indivíduo. Este questionamento era já um elemento chave de Pororoca (que a Culturgest apresentou no seu Grande Auditório em abril de 2010), mas, neste novo projeto com onze intérpretes, a coreógrafa usa como ponto de partida as histórias pessoais, histórias que misturam a vida quotidiana e o sonho, abordando o coletivo do ponto de vista do indivíduo, da sua perceção singular das coisas e dos seus estados corporais singulares.
Lia Rodrigues nasceu e estudou dança no Brasil. Fez parte da companhia da coreógrafa francesa Maguy Marin. Em 1990 fundou no Rio de Janeiro a Lia Rodrigues Companhia de Danças. Recebeu numerosos prémios no Brasil e no estrangeiro. Criou o festival anual de dança contemporânea Panorama Rioarte de Dança, que dirigiu até 2005.
Em parceria com a REDES, instalou a sua companhia na Favela da Maré, onde desenvolve o projeto artístico “Residência Resistência” e onde desenvolveu as criações Encarnado (2005) e Pororoca (2009), grandes êxitos internacionais.