Dos mais ativos músicos nacionais no território em que se cruzam o jazz, a improvisação livre e a negação pura de géneros e adjetivações (lidera também formações internacionais como o Humanization 4tet, com Rodrigo Amado e os irmãos Aaron e Stephan González, ou o Lisbon-Berlin Trio com Robert Landfermann e Christian Lillinger), o guitarrista Luís Lopes apresenta no RESCALDO uma faceta do seu trabalho que tem, nos últimos anos, ganho preponderância: o seu
noise guitar solo é veículo para um confronto entre o silêncio puro e a irrupção de fragmentos de maximalismo sónico e micro-fraseados abstratos, de violência controlada.
pt.myspace.com/luislopes09
Black Bombaim – 23h · Dur.: 45 min.
Guitarra Ricardo Miranda Bateria Paulo Gonçalves Baixo Tojo Rodrigues
Expoentes máximos de um movimento que, bem ou mal, instituiu a cidade de Barcelos como capital nacional do rock, os Black Bombaim são de tal forma especiais que não seria de todo difícil imaginar que, qualquer que fosse a sua proveniência, facilmente atingiriam o patamar ao qual já inquestionavelmente pertencem. Movendo-se pelos meandros mais espaciais, cósmicos e assumidamente psicadélicos alcançáveis pelo triunvirato bateria, guitarra e baixo (com uma incrível capacidade de evocar, ao mesmo tempo, Pink Floyd, Tangerine Dream ou Sleep) os Black Bombaim carregam consigo um disco que é um troféu e um marco na história da música nacional no século XXI, o duplo LP
Titans. Com as participações de luminárias como Adolfo Luxúria Canibal, Noel V. Harmonson ou Steve Mackay, entre outros,
Titans constituiu um passo fundamental que abriu portas ao trio barcelense a várias digressões europeias e a participações já agendadas em festivais da dimensão mítica de um Roadburn (Holanda) ou Alchemy at Zahar (Marrocos).
blackbombaim.bandcamp.com
Flak DJ-Set – 00h
Cabe a Flak, nome indissociável de alguns dos melhores momentos das últimas três décadas na música em Portugal (enquanto motor dos Rádio Macau e dos Micro Audio Waves), a honra de encerrar esta edição do RESCALDO, com um DJ-Set que levará à Trem Azul uma cuidadosamente respigada seleção de clássicos não-convencionais de todas as interseções tributárias do rock nas suas múltiplas vertentes. A toada será certamente celebratória.
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