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2013


TEATRO
PANOS
palcos novos palavras novas
destaque
Às Escuras, de Davey Anderson. Classes de Teatro d'O Teatrão (Coimbra) © Cindy Manta (pormenor)
SEX 17, SÁB 18, DOM 19
DE MAIO
Pequeno Auditório
e Palco do Grande Auditório
2,5€ (preço único)
M12
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Às Escuras de Davey Anderson
Ester de Rui Catalão
Os Suicidas de Lola Arias

Os PANOS juntam a nova dramaturgia ao teatro escolar ou juvenil. Pela oitava vez, mais de trinta grupos de todo o país encenam uma das três peças oferecidas (escritas de propósito para serem representadas por adolescentes): dois originais e um texto traduzido do Connections, programa do National Theatre de Londres em que os PANOS se inspiram.

Às Escuras de Davey Anderson (com tradução de Mariana Vieira) baseia-se na história verdadeira de um rapaz de 15 anos de Glasgow acusado de tentativa de homicídio – ele tenta reconstruir os acontecimentos da sua vida que o trouxeram a uma cela na prisão e ameaçam conservá-lo ali. É uma peça curta que produz um forte impacto emocional com a sua economia estilística e narrativa afiada, um concerto de vozes que pode materializar-se de mil maneiras diferentes. O texto integrou o projeto Connections em 2008.

Em Ester, uma jovem judia é escolhida para entrar no harém do rei Xerxes; pouco tempo depois o povo judeu é condenado ao extermínio. O dilema de Ester é: fazer segredo das suas origens para salvar a vida ou arriscar a morte para defender o seu povo? O medo e a morte são os temas principais desta peça de Rui Catalão baseada no Livro de Ester do Antigo Testamento. Apesar de uma atmosfera de segredos, mentiras e ameaças, é uma paródia carnavalesca. Os fortes mascaram-se de fracos; e os fracos usam o poder para esconderem as suas debilidades. O tema mais subtil da peça é o da inteligência.

Os Suicidas, nova peça de Lola Arias (que em março apresentou Melancolía e Manifestaciones na Culturgest), parte do caso real de uns adolescentes que se suicidaram no Norte da Argentina. As personagens são esses cinco adolescentes, que se limitam a relatar e organizar o que saiu na imprensa sobre o caso, como se de um documentário se tratasse. Mas como estamos no teatro, ao mesmo tempo que aprendemos mais sobre a história, vemos um palco em transformação, habitado por adolescentes reais cujas ações ilustram, comentam e por vezes subvertem o que está a ser contado.

Em novembro passado realizou-se um workshop orientado pelos três autores onde as peças foram analisadas e discutidas com os encenadores dos grupos. As estreias tiveram lugar até ao fim de abril. Agora, no festival da Culturgest, mostramos dois espetáculos de cada peça e publicamos um livro com os textos.

 

 

Programa

 

Sexta 17 de maio

18h30, Pequeno Auditório

Às Escuras – Grupo de Teatro da ES Rainha Dona Leonor (Lisboa)

21h30, Palco do Grande Auditório

Ester – Sexta Insónia do Agrupamento de Escolas Eng.º Nuno Mergulhão (Portimão)

 

Sábado 18 de maio

16h, Sala 2

Pano para mangas – Conversa com os autores e os grupos

18h30, Pequeno Auditório - Espetáculo falado em inglês, sem legendas.

Os Suicidas – St. Julian's School (Carcavelos)

21h30, Palco do Grande Auditório

Às Escuras – Classes de Teatro d'O Teatrão (Coimbra)

 

Domingo 19 de Maio

16h, Pequeno Auditório

Ester – Atelier de Expressão Dramática do Colégio dos Carvalhos

18h30, Palco do Grande Auditório

Os Suicidas – Escola Artística António Arroio (Lisboa)

 

PANOS commissions and translates new plays for young people, inspired by the National Theatre of London’s Connections project. Now in its eighth year, a selection from over 30 shows produced all across the country by school and youth theatre groups will be presented in a festival at Culturgest. In Blackout – based on the true story of a 15-year-old boy from Glasgow accused of attempted murder – the playwright Davey Anderson (Connections ’08) uses the refined economy of his narrative style to produce a play with a powerful emotional impact. Rui Catalão’s Ester, based on the Book of Esther, tells us of the dilemma of its protagonist in a play about intelligence that is also a carnivalesque parody. In Os Suicidas (The Suicides), Lola Arias takes the true story of some adolescents in Northern Argentina who committed suicide to write a documentary play in which it is the characters that took their own lives who recount and organise the material published about the affair in the press.