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2015


DANÇA
Danza 220V
 
destaque
© Jaime Martinez (pormenor)VER IMAGEM
SÁB 7 DE MARÇO
Grande Auditório
21h30 · Duração: 1h15
18€ · Até aos 30 anos: 5€
M12
Bienal de Flamenco
de Roterdão: parte 1, parte 2
Madrid en Danza 2010:
parte 1, parte 2, parte 3,
parte 4

Folha de sala (pdf)
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
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Direção artística e coreografia Rafael Estévez, Valeriano Paños, Antonio Ruz Direção musical Artomatico Dança Valeriano Paños, Antonio Ruz, David Coria Canto Sandra Carrasco Música Artomatico Desenho de luzes Agnethe Tellefsen Figurinos e adereços Daniela Presta Luzes Agnethe Tellefsen Som Chipi Cacheda Direção técnica Agnethe Tellefsen Produção Estévez / Paños Y Compañía Distribuição internacional Aurora Limburg

Valeriano Paños passou, entre outras, pela Compañia Andaluza de Danza e pelo Ballet Nacional de España. Antonio Ruz tem um currículo impressionante porque trabalhou e trabalha com as melhores companhias de ballet, de dança contemporânea ou de flamenco, para além de também ser coreógrafo. David Coria dançou com reputadas companhias de dança, trabalhando atualmente com o Ballet Flamenco de Andalucía. Estes três andaluzes, todos premiados e habituados a trabalhar em conjunto, interpretam Danza 220V, criado por Rafael Estévez e os dois primeiros bailaores referidos, em colaboração com a música eletrónica de Artomatico e a voz castiça de uma cantaora de primeiro plano, Sandra Carrasco. Misturam tradicional com contemporâneo, carne como máquina, barroco com neoclássico, onde por vezes surgem lampejos do mais antigo folclore espanhol.

O palco está vazio e escuro. E é sempre da escuridão que bailaores e cantaora vão surgindo para uma luz que ilumina sobretudo os braços, as mãos, a cara, que sobressaem dos fatos escuros. A eletrónica suave dos aparelhos de Artomatico, em conjunto com o cante de Sandra Carrasco, fazem a música. A cantaora evolui em torno da velha crueza da poesia popular, enviando uma mensagem que marca o mais primitivo e emotivo tom da comunicação entre os homens.

Chame-se-lhe flamenco contemporâneo, com grande influência da linguagem da dança contemporânea, ou chame-se mesmo dança contemporânea em torno do flamenco, trata-se de uma criação muito bela que se insere nos novos caminhos que o flamenco já há alguns anos anda a explorar.

Flamenco contemporâneo, sim, mas também flamenco tradicional, improvisado no baile e no canto, com a força que em parte os liga à terra e em parte os ergue aos céus, e a nós com eles.

Valeriano Paños has worked with the Compañia Andaluza de Danza and the Ballet Nacional de España before he created (2003) his own company with Rafael Estévez "Estévez/Paños y Compañía", Antonio Ruz has his own contemporary dance company and collaborates with Sasha Waltz & Guests, David Coria works with Ballet Flamenco de Andalucía. This is contemporary flamenco mixed with contemporary dance in a beautiful creation, but also traditional flamenco improvised in dance and song, partly rooted on earth and partly rising to heaven.