Dhafer Youssef, tocador de oud (o alaúde árabe), vocalista e compositor, nasceu em novembro de 1967 na aldeia piscatória Tebulba, na Tunísia.
Descendente de uma modesta família de uma longa linhagem de muezins (os que emprestam a sua voz que ressoa do alto dos minaretes convidando os fiéis à oração; antes, subiam as enormes escadas, agora, com altifalantes e gravações, já não precisam), em criança descobriu a sua voz e começou a explorá-la na cozinha de sua mãe cantando o que ouvia no aparelho de rádio que lá estava. O muezim da aldeia encorajou-o a gravar a sua voz apelando à oração, o que fez com um microfone barato de plástico. Ouvir a sua voz espalhar-se pela aldeia, foi uma experiência única que o marcou para sempre.
Para tornar curta a descrição de uma longa carreira, cheia de sucessos, não há como citá-lo: "O meu percurso é completamente louco. Comecei pela música religiosa, depois foi a música de casamentos, a seguir a música popular árabe. Em Viena encontrei o jazz, a música livre que eu queria fazer, e foi uma revelação" (in Jazz Review, nov. 2013, p.68).
O concerto que apresenta neste dia é baseado no seu CD Birds Requiem – embora apenas com parte dos músicos que participaram no álbum e um baterista novo – que esteve 445 dias no top dos CDs de jazz da Amazon. Fez intensas digressões em 2014 e está a fazer em 2015, com enorme sucesso.
Sobre o disco muito se escreveu, louvando-o sempre. A sua voz única, a subtil alquimia das suas influências cosmopolitas, o seu carisma, fazem de cada concerto seu uma experiência única e espantosa. Venha experimentar a magia de Dhafer Youssef!
Sobre Birds in Requiem:
Um disco como um casamento entre a meditação sufi e a contemplação polar, entre o espírito do deserto e o dos fiordes.
Jazz News
Um requiem simultaneamente grave e luminoso, introspetivo e etéreo.
Télérama
A música de Dhafer Youssef move-se na tensão de um equilíbrio frágil entre sons ancestrais e um tratamento contemporâneo, entre frases febris e silêncios suspensos.
Open Jazz