Carmen Souza nasceu em Lisboa de uma família cabo-verdiana. Cresceu falando crioulo e português, rodeada da maneira de viver dos seus pais. Autodidata, cantou num grupo português de gospel.
Descoberta, aos 22 anos, pelo baixista Theo Pascal, que se tornou no seu produtor e mentor, rapidamente constrói um som inconfundível, servido por um timbre e uma técnica vocal únicos, com uma grande amplitude de voz. O seu som tem raízes na cultura cabo-verdiana e influências dos ritmos tradicionais africanos, dos da América Latina e do jazz.
A sua carreira de sucesso tem-na levado por toda a Europa, mas também por Cabo Verde, Brasil, Estados Unidos e Canadá. Apresentou-se em festivais de jazz de primeira linha como os de San Francisco, Monterrey, Montreal ou North Sea. Recebeu vários prémios e os seus discos têm merecido por toda a parte excelentes críticas.
Em janeiro de 2014 lançou na Culturgest o seu CD Kachupada, esgotando um Grande Auditório vibrante, como o fez e continua a fazer por muitas salas no estrangeiro.
Volta agora num concerto que tem por base o seu sétimo e mais recente álbum, Epistola, que regista temas em crioulo, português, francês e inglês. Neste CD a influência do jazz é mais marcada. Há quem diga que se trata de world jazz. Pouco importa a classificação. Carmen Souza é de uma originalidade que escapa a todas as gavetas onde a queiram arrumar.