Arquivo

2016


TEATRO
The Extra People
As Figuras a Mais de Ant Hampton
destaque
© Britt Hatzius (pormenor)VER IMAGEM
SÁB 1, DOM 2 OUTUBRO
Grande Auditório
17h-21h30 (última entrada) · Duração: 1h20
12€ · Jovens até aos 30 anos e desempregados: 5€
M16

Entrada de grupos de 15 pessoas, de 30 em 30 min.


Em português. Versão em inglês disponível mediante marcação.

Folha de sala (pdf)

Informações
Bilheteira Culturgest
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Tripadvisor
Mais opiniões sobre Culturgest.
Escrito e dirigido por Ant Hampton Desenho de som e composição Sam Britton Aconselhamento artístico Kate McInstosh Montagem, desenho do sistema e direção técnica Hugh Roche Kelly Desenvolvimento inicial no EMPAC Geoff Sobelle e Trey Lyford Assistência no EMPAC Julia Asharaf Produtora criativa Katja Timmerberg Uma encomenda EMPAC (Experimental Media and Performing Arts Center) feita por Ash Bulayev Coprodução Kaaitheater e Malta Festival Apoio Programa Cultura da Comissão Europeia através da rede House on Fire Apoio suplementar Instituto Francês / Alliance Française (Nova Iorque), Kingsfountain (Paris) Estreia 10 de setembro de 2015, EMPAC, Troy, Nova Iorque

Um sistema automatizado dirigido por voz e inspirado na gestão de armazém fica com a voz de uma criança. O enorme vazio de um teatro grande e adormecido torna-se um "espaço de produção". Aos espectadores é dado o papel de figurantes, com lanternas e coletes de alta visibilidade, atravessando o ciclo da "produção" em grupos de quinze: 30 minutos na plateia, 30 em palco.

A voz sintética e por vezes melancólica que os guia através de auscultadores parece vir do sistema de som da sala, mas nada é partilhado. A coletividade é uma ilusão, e este público fica fragmentado, à deriva ou aparentemente a dormir, ligado a faixas de áudio separadas, à espera de ensaiar o abandono, experimentar a impotência. Este processo decididamente não-eficiente, cíclico e alucinatório está a ser sonhado pelo sistema ou pelos "figurantes" (ou por ambos)?

 

Ant Hampton tem-se especializado em propostas em que os espectadores são os únicos intérpretes (Autoteatro), entre as quais The Quiet Volume (com Tim Etchells), apresentado em 2012 na Culturgest / Alkantara Festival.

 

The Extra People é na verdade bastante perigoso, não para o público mas para noções de representação e participação (…), mergulhando-nos profundamente na realidade social e económica que define os nossos tempos: vazia, desligada, controlada, vagamente ameaçadora e muito pública: num palco, na verdade. Quando nos preparamos para sair, entra outro grupo e o espetáculo continua.

Molly Grogan, Exeunt Magazine, 6 de outubro de 2015

An automated, voice-directed system borrowed from warehouse management changes voices and becomes a child. A large and dormant theatre is turned into a 'space for production'. An audience are cast as extras, and cycled through the 'production' in groups of fifteen. The synthetic and at times melancholic voice guiding them (via headphones) seems to come from speakers in the room, but nothing is shared. This audience is atomised, awaiting the call for what seems to be a rehearsal for abandonment, a trying-on of powerlessness. In this decidedly non-efficient, looping and hallucinatory process, is it the system dreaming, or the 'extras' within it – or both?