Norberto Lobo (Lisboa, 1982) lançou o seu primeiro CD a solo, Mudar de Bina, em 2007. Em julho desse ano veio ao nosso Auditório ao Ar Livre. É a sexta vez que toca na Culturgest. Uma delas foi no Porto, quando lá realizámos alguns concertos.
Autodidata, dedicou-se à guitarra a partir dos 8 anos, aprendendo sozinho, com os irmãos, os amigos, ouvindo discos, indo a concertos. Hoje domina as guitarras com enorme virtuosismo.
Abençoado com um talento imenso – a solo, com bandas de que é cofundador ou partilhando o palco com músicos nacionais e estrangeiros – foi construindo um caminho, um som, uma arte, que constantemente se abre em novas direções, mantendo uma unidade inconfundível.
A música que faz não se arruma em qualificações. Os que sobre ela falam, na dificuldade em a descrever, invocam diversíssimas influências, de tradição popular ou erudita, de vários continentes.
Norberto é um criador sobredotado. É consensualmente considerado como uma das principais personalidades da música portuguesa atual. Gravou seis CDs a solo e cada álbum que lhe sai, sem exceção, recebe um coro de elogios. Merecidos. Nada lhe sai mal. Trabalha muito.
Faz concertos por todo o país e pela Europa fora, para além de visitas ao Japão, Brasil e América do Norte.
Na Culturgest tem tocado sobretudo no Pequeno Auditório. Agora oferecemos-lhe o Grande para fazer o concerto que quisesse. Ele quis que fosse a solo. Na altura do convite, já lá vai mais de um ano, não sabia o que viria tocar. Durante um ano muita coisa lhe acontece. Sabia que queria estar sozinho com as suas guitarras. Dissemos-lhe que sim. Sabemos que será mágico o seu concerto. Que nos vai levar pela mão, com a sua timidez e discrição, para lugares onde nunca fomos e, todavia, nos parecem familiares.