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2017


TEATRO
Elizabeth Costello
A partir do romance de J.M. Coetzee
Encenação de Cristina Carvalhal
destaque
© Cristina Carvalhal (pormenor)VER IMAGEM
DE QUA 13 A SÁB 16 DEZEMBRO
Pequeno Auditório
19h (Atenção ao horário)
Duração: 1h40
13€ · Jovens até 30 anos e desempregados: 5€
M14
Informações e reservas
Bilheteira Culturgest
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Ticketline
Reservas e informações:
1820 (24 horas)
Pontos de venda: Agências Abreu, Galeria Comercial Campo Pequeno, Casino Lisboa, C.C. Dolce Vita, El Corte Inglés, Fnac, Megarede, Worten e www.ticketline.sapo.pt
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Texto J.M. Coetzee Tradução Maria João Delgado Adaptação Alexandre Andrade e Cristina Carvalhal Cristina Carvalhal Direção artística e encenação Com Bernardo Almeida, Cucha Carvalheiro, Luís Gaspar, Rita Calçada Bastos, Sílvia Filipe Cenário e figurinos Ana Limpinho Desenho de luz José Álvaro Correia Música original e desenho de som Sérgio Delgado Produção executiva Bruno Reis Produção Causas Comuns Coprodução Teatro Nacional São João, Culturgest

Elizabeth Costello, uma escritora no final da vida, espera em frente ao "grande portão". Para entrar, tem de fazer uma declaração sobre as suas crenças, frente a um tribunal. Mas o seu argumento de que uma escritora – uma "secretária do invisível", nas palavras de Czesław Miłosz – não deve ter crenças não é bem acolhido pelos juízes. Na expectativa de uma segunda audiência, Elizabeth discute com outras personagens aquilo a que prefere chamar as suas convicções, relativamente a temas como o amor, o mal, a arte e a razão. No entanto, quando chamada a depor, evita estes tópicos solenes, reduzindo a sua alegação à história das pequenas rãs que surgem, na estação das chuvas, no leito do rio da sua infância.

"O Realismo nunca se deu muito bem com as ideias. E não podia ser de outro modo: o realismo assenta na convicção de que as ideias não possuem uma existência autónoma, apenas existem nas coisas. Portanto, quando se trata de debater ideias, como aqui, o realismo tende a inventar situações (…) onde as figuras dão voz a ideias polémicas e, em certa medida, as corporizam", avisa J.M. Coetzee.

 

A adaptação e encenação de textos não especificamente escritos para teatro tem sido um processo recorrente de Cristina Carvalhal, tendo criado espetáculos como Cândido de Voltaire, Erva Vermelha de Boris Vian e Cosmos de Witold Gombrowicz. Na Culturgest (2009) encenou A Orelha de Deus de Jenny Schwartz.

Elizabeth Costello, a writer who is nearing the end of her life, is waiting in front of the "great gate". To gain entry, she has to make a statement about her beliefs, in front of a courtroom. But her argument that a writer should not have any beliefs is not favourably accepted by the panel of judges. As she waits for a second hearing, Elizabeth discusses with other characters what she prefers to call her convictions, relating to such themes as love, evil, art and reason. However, when she is called upon to testify, she avoids these solemn topics, reducing her testimony to the story of the small frogs that always appeared in the river bed in the rainy season, during her childhood.
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