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2018


TEATRO
À nous deux maintenant
Agora nós os dois
A partir de Un Crime de Georges Bernanos
Um espetáculo de Jonathan Capdevielle
destaque
© Arthur Bartlett Gillette (pormenor)VER IMAGEM
QUI 11, SEX 12 JANEIRO
Grande Auditório
20h30 (atenção ao horário) · Duração 3h
15€ · Jovens até 30 anos e desempregados: 5€
M14
Espetáculo em francês, com legendas
Informações
Bilheteira Culturgest
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Ticketline
Reservas e informações:
1820 (24 horas)
Pontos de venda: Agências Abreu, Galeria Comercial Campo Pequeno, Casino Lisboa, C.C. Dolce Vita, El Corte Inglés, Fnac, Megarede, Worten e www.ticketline.sapo.pt
Tripadvisor
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Conceção, adaptação e encenação Jonathan Capdevielle Interpretação Clémentine Baert, Arthur B. Gillette/Jennifer Hutt, Jonathan Capdevielle, Dimitri Doré, Jonathan Drillet, Michèle Gurtner Consultor artístico/assistente de encenação Jonathan Drillet Conceção e realização cenográfica Nadia Lauro Construção da cenografia Oficinas de Nanterre-Amandiers (Marie Maresca, Michel Arnould, Gabriel Baca, Théodore Bailly, Mickaël Leblond) Luzes Patrick Riou Assistido por David Goualou Sintetizador modular Ray imaginado e construído por Benoît Guivarc’h com circuitos de Ray Wilson Criação sonora e musical Vanessa Court, Arthur B. Gillette, Jennifer Hutt, Manuel Poletti Composição musical Arthur B. Gillette Operação de som Vanessa Court Colaboração informática musical IRCAM

(Manuel Poletti) Figurinos Colombe Lauriot Prévost Direção de cena Jérôme Masson Olhar exterior Virginie Hammel Produção, difusão, administração Fabrik Cassiopée (Isabelle Morel, Manon Crochemore & Romane Roussel) Produção delegada Association Poppydog Coprodução Le Quai – Angers, Nanterre-Amandiers, Festival d’Automne à Paris, CDN Orléans, manège – Reims, Théâtre Garonne – Toulouse, L’Arsenic Lausanne, Le Parvis Tarbes, IRCAM Apoio King’s Fountain
Estreia
6 de novembro de 2017, Le Quai – Angers

Jonathan Capdevielle adapta ao teatro Un Crime, romance policial de Georges Bernanos. Desossa os particularismos da província e descasca a franqueza e as tradições dos aldeões para examinar a condição humana com empatia, ternura e humor negro. O “pároco de Mégère” é um recém-chegado que age a contrapelo da religião católica, movido por um enigmático desígnio mortífero. Perdido num policial sem saída, ensurdecido pela polifonia das personagens, o leitor deixa-se engolir pelo labirinto da sua própria investigação.

Capdevielle vai direito ao núcleo deste vulcão de estranheza e terror, na orla do fantástico, pondo em cena o jogo de máscaras desta figura de padre, turva e atraente, que vem perturbar a ordem estabelecida. Brinca com a multiplicidade dos papéis atribuídos a cada um dos atores e com uma interpretação policromática do texto, estendendo o leque de possibilidades da exaltação ao realismo, para melhor esborratar as fronteiras entre realidade, sonho e pesadelo.

Jonathan Capdevielle apresentou na Culturgest Adishatz/Adieu em 2016.

 

Acontece-lhe ter sonhos, (...) sonhos verdadeiros, sonhos cuja lógica e verosimilhança são tais que parecem prolongar-se mais além, tomar o seu lugar nas nossas recordações, passando a pertencer ao nosso passado? 

Georges Bernanos, Un Crime, 1935

Jonathan Capdevielle has adapted Georges Bernanos’ detective story Un Crime for the stage. The newly arrived “vicar of Mégère” acts against the grain of Catholic religion, driven by an enigmatic, deadly purpose. Trapped in a detective story from which there is no escape and deafened by the polyphony of the characters, the reader is lost in the labyrinth of their own investigation. Capdevielle goes straight to the core of this volcano of strangeness and terror, extending the range of possibilities from exaltation to realism, in order to better blur the borders between reality, dream and nightmare.