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2011


No Performance’s Land?

destaque
© Nahuel Losada / Gloria Amor
PERFORMANCES
DE SEX 15 A DOM 17 DE ABRIL
M16 · 5 Euros (preço único)
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Tripadvisor
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apoio
Organização Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA)
Apoios Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest, Fundação para a Ciência e Tecnologia, Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Instituto Italiano de Cultura, ISCTE-IUL

No Performance’s Land? pretende interrogar o lugar da performance na contemporaneidade e conta com a presença de múltiplos especialistas e performers europeus, brasileiros e norte-americanos, conferindo-lhe desde já uma inscrição e legitimidade junto de um público alargado que cruza a investigação em ciências sociais e a produção artística. Pretende-se resgatar os estudos performativos de um certo exílio conceptual e explicitar o seu retorno triunfal do que hoje se define por movimento re-performativo. Marcado pela diversidade de propostas performativas em múltiplos formatos, apresenta um leque de artistas de relevo internacional que pela primeira vez apresentam os seus trabalhos em Portugal: Nao Bustamonte, colaborou com Guillermo Gomez-Peña, pioneira do movimento performativo nova-iorquino com forte linguagem política e de crítica feminista; Francesca Fini, uma das mais importantes artistas italianas do video-art e da performance digital; Ida Larsen, uma artista emergente na Dinamarca que cruza dança com arte da performance num espectáculo de grande proximidade; Márcio-André, um artista sonoro com um longo trabalho na experimentação poética cruzando linguagens; Andreia Inocêncio uma jovem artista transdisciplinar com uma proposta de performance irónica sobre a condição da mulher artista nómada; e João Garcia Miguel, conceituado performer, que estreará em Lisboa uma versão do seu mais recente espectáculo interactivo com claras referências à instalação. No Performance’s Land? reúne uma paleta de artistas e de espectáculos que permitem pensar a performance e o seu papel na compreensão da contemporaneidade.

 

 

Sexta-feira 15 de Abril
21h00 · Pequeno Auditório · Duração: 1h15

Silver & Gold
Nao Bustamante (EUA)
Silver & Gold combina filme, live performance e figurinos originais numa filmformance que evoca a musa de um lendário realizador, Jack Smith e o seu tributo a uma estrela de cinema dos anos 1940, a dominicana Maria Montez, numa exploração mágica e irónica de glamour, raça, sexualidade e silver screen (um modelo de ecrã característico dos anos iniciais do cinema). No final a artista terá uma conversa com o público sobre o seu trabalho e sobre o actual momento da performance art.

 

Sábado 16 de Abril
21h / 21h30 / 22h · Garagem Culturgest · Duração: 20 min. cada sessão

Elena Ceausescu Wunderkammer
Idaperformers (Dinamarca)
Coreografia Ida Larsen
Performers Kir Qvortrup & Gry Raaby Cenografia Joy Sun-Ra
Música Timo Kreuser
Ida Larsen é uma coreógrafa e performer que propõe à audiência nesta sight specific performance uma experiência intima sobre a relação da antiga mulher do ditador romeno e a sua criada Edna. A performance decorre no interior, no capot, na bagageira e à volta de um antigo Ford para o qual o público, em pequenos grupos, será convidado a entrar ou assistir. Uma performance sufocantemente intensa.

 

Sábado 16 Abril
22h30 · Pequeno Auditório · Duração: 50 min.

Cry Me; Oasis in the desert; War; Performing the mirror; The shadow; Note off; Western meat market; Colors
3 Live performances & 5 video art
Francesca Fini (Itália)
Uma das mais importantes videastas e performers italianas apresenta aqui um significativo conjunto de obras, algumas delas premiadas. O seu trabalho utiliza arte digital em tempo real, vídeo, sonoridades, poemas visuais, body art, movimento, numa paisagem de sincronização e mixagem tecnológica absolutamente originais. Cry Me, inspirado em Frida Kahlo, é talvez o seu trabalho mais conhecido. Os seus universos performativos vão da digitalização de pintura animada, à video art, passando por uma delicada mixagem da body art, movimento e arte digital até à instalação. O corpo é em todos eles o suporte e o núcleo de toda a sua produção artística.

 

Domingo 17 de Abril
19h30 · Pequeno Auditório · Duração: 1h
Poesia Sonora
Márcio-André (Brasil)
Márcio-André é um poeta, artista sonoro, ensaísta e editor. A sua ligação à performance faz-se enquanto poeta experimental com ênfase no tratamento de som e processamento da palavra em tempo real. Nesta performance original explora, a partir do improviso texto-voco-visual, as possibilidades da fala, levando a poesia aos limites da leitura e extrapolando a fronteira com a música experimental. O espectáculo tem como base a exibição de vídeos simultâneos do youtube, manipulados e processadas em tempo real. Um ambiente íntimo de fruição de imagens numa paisagem sonora poética.

 

Domingo 17 de Abril
Sala 2 · 20h45 · Dur. 20 min.

“É prova de fogo e de bala” (Ai! A Super-Artista incógnita)
Andrea Inocêncio (Portugal)
Andrea Inocêncio é uma artista transdisciplinar com formação em artes plásticas. Projecto iniciado em 2008 num processo contínuo de investigação e produção artística com várias performances distintas. O conceito da “Super-Artista Incógnita” parte da construção de figurinos e adereços para criar a imagem desta heroína que está em constante mutação, que se vai construindo a partir das referências culturais originárias/estereotipadas – o folclore, o fado, o estudante de Coimbra, etc. – e de uma vivência migrante e em trânsito da artista. A música improvisada ao vivo adensa este imaginário irónico.

 

Domingo 17 de Abril
Palco do Grande Auditório · 21h30 · Duração: 1h

Filhos da Europa
João Garcia Miguel (Portugal)
Performers Nuno Cardoso e Sara Ribeiro
Música/videasta Rui Gato
Direcção técnica Luís Bombico
João Garcia Miguel, encenador, artista visual e actor, fundador e participante em vários colectivos artísticos – no âmbito da pintura, instalação, teatro e performance. Foi responsável pelo grupo O Olho e actualmente é o director do Espaço dos Ursos e dos Anjos. O Filho da Europa é um cubo no qual são projectadas imagens captadas em tempo real da performance teatral realizada a partir do texto Kaspar de Peter Handke. A peça é constituída por um elemento cenográfico pictórico, uma instalação sonora interactiva e um sistema de iluminação também interactivo e de uma performance que se vai transformando em função do espaço e do público.

We examine the place of performance nowadays by exploring its limits, boundaries and relationships within the arts and social sciences.
No Performance’s Land?
is an international meeting of experts and performers from Europe, Brazil and the USA, whose presence here makes it relevant for a wider audience of people involved in both the arts and research.