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2011


Hootenanny
Comissário: Ruben de Carvalho
destaque
MÚSICA/CINEMA
DE SÁB 29 DE JANEIRO
A SEX 4 DE FEVEREIRO
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21 790 51 55
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Num momento inspirado, o compositor Willie Dixon afirmou um dia que «os blues são actualmente uma espécie de documentário sobre o passado e o presente – e qualquer coisa que dá às pessoas inspiração para o futuro». É difícil melhor explicar porque, de novo, Hootenanny é dedicada aos blues.
Percorrer o último século da música popular norte-americana – e não apenas nas suas expressões mais genuínas, mas também nas mais comerciais – é inevitavelmente encontrar em cada momento a influência da mais original criação musical dos Estados Unidos. No jazz, tal ligação é inteiramente transparente e não apenas no percurso de criação e desenvolvimento: os blues constituem assumidamente um eterno retorno cada vez que os seus intérpretes e criadores sentem a necessidade de uma evolução, verificam um impasse nos caminhos percorridos. Mas este papel constantemente revitalizador dos blues não pode ser separado do facto de que eles próprios mantêm uma especificidade própria, um percurso autónomo igualmente em permanente renovação e gestação.
No que se refere à música de expressão branca, mesmo nos mais sombrios tempos de segregação, a sonoridade afro-americana sempre surgiu inquestionável, de George Gershwin à Broadway, de Tin Pan Alley às tradições dos Apalaches e nem a country de Nashville ilude essa influência. E isto para não falar do rock and roll (esse «rhythm & blues tocado por brancos», como lhe chamou Chuck Berry...) e da constante influência (mais ou menos evidente, não apenas nos EUA, mas um pouco por todo mundo) em todas as evoluções da música popular.
Assim, em rigor, e de sons populares norte-americanos se tratando, talvez não seja inteiramente exacto dizer que, em Fevereiro na Culturgest os blues regressam ao Hootenanny: em rigor sempre lá estarão!

 

Programa

 

Sábado 29

Luther “Guitar Junior” & The Magic Rockers

 

Segunda 31

Guy Davis

 

Terça 1

Phil Wiggins Duo

 

Quinta 3

Bernardo Sassetti

 

Sexta 4

Davell Crawford Organ Trio

Willie Dixon once said that the blues are a kind of documentary about the past and present, and they give people inspiration for the future. Nothing could explain better why this year’s Hootenanny is again dedicated to the blues.
Any examination of American popular music over the last century inevitably leads back to that country’s most original musical creation. With jazz the link is clear: jazz players always return to the blues when they reach an impasse or need to progress. In white music, even during segregation, the blues could be heard in Gershwin, Tin Pan Alley, bluegrass and country – not to mention rock and roll and all other popular music. That is why the blues will be back at Culturgest in February!