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2014


MÚSICA
Hootenanny
Ciclo comissariado por Ruben de Carvalho
destaque
Big James
DE SÁB 1 A QUI 6
DE FEVEREIRO
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
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Mais opiniões sobre Culturgest.

Mais blues na Culturgest – e a manutenção de uma novidade do ano passado: a presença de uma banda portuguesa.
Na sua origem, o ciclo Hootenanny teve exatamente a ideia de contribuir para contrariar que muitas expressões de música tradicional e popular norte-americana se mantivessem no esquecimento em que se quedam face às comercialmente mais poderosas – rock, pop.
No primeiro ano fomos até aos Appalaches e ao Kentucky, mas a verdade é que ainda falta muito (muito do bluegrass, influências hispânicas da Califórnia, cajun da Louisiana, o peculiar klezmer de Nova Iorque...)
Entretanto, temos andado pelos blues! Diz-se que com geral agrado... E assim, voltaremos!
Uma explicação de certa forma se impõe: em rigor, são sobretudo os blues eletrificados, mais modernos, mais a Norte e não os do Delta, os que temos trazido. É que não é fácil. O tempo passa – e o Katrina passou em New Orleans. Além das leis implacáveis da vida, a tragédia dispersou para longe da Crescent City milhares de intérpretes. Muito se perdeu. Muito se continuou a sofrer.
Significativamente, o guitarrista da banda portuguesa de 2014, ao explicar a opção pela sonoridade do seu grupo, a que cintilantemente o entrevistador chama «eletrificada e abrasiva, cúmplice com a matriz rock ’n’ roll», responde: «O blues rural, não conseguiria jamais tocá-lo pois não tenho idade nem acumulei o sofrimento suficiente. Os homens e mulheres que tocavam esse blues carregavam o mundo às costas e são, a meu ver, seres artisticamente superiores.»
Blues people na Culturgest.
Ruben de Carvalho

 

 

sáb 1 de fevereiro Big James & the Chicago Playboys

 

seg 3 de fevereiro Budda Power Blues

 

qua 5, qui 6 de fevereiro Eden Brent Band

Yet more blues at Culturgest, once again with the inclusion of a Portuguese band. Hootenanny were formed with the specific aim of ensuring that many varieties of traditional and popular American music would not be forgotten given the impact of its more powerful commercial rivals – rock and pop. Strictly speaking, we will be bringing you the northern and more modern electrified form of the blues and not the traditional Delta blues. The guitarist of the Portuguese band explains this choice: “I’ll never truly be able to play country blues because I’m not old enough and haven’t suffered enough.”